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Publicado em: 27/08/2013

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Analistas: Copom deve subir juros em 0,5 ponto

27/08/2013.

A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 foi mantida em 5,74%. Para 2014, caiu de 5,85% para 5,80%

Brasília. Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para o rumo da Selic, atualmente em 8,50% ao ano, analistas do mercado financeiro que participaram do relatório de mercado Focus mantiveram a projeção de que a alta será de 0,50 ponto porcentual, para 9,00% ao ano.

Para o fim de 2013, no entanto, eles revisaram as estimativas de 9,25% para 9,50%. Há um mês, a expectativa era de uma variação de 9,25% ao fim de dezembro de 2013. No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das previsões para a Selic seguiu em 9,50% ao ano, ante taxa de 9,25% vista quatro semanas atrás. Na média de 2013, segundo esses profissionais, os juros ficarão em 8,31% ao ano - ante porcentual de 8,25% ao ano aguardado uma semana antes e também um mês atrás.

Inflação

A percepção de um avanço mais forte da taxa básica até o fim do ano se dá ao mesmo tempo em que os analistas veem aumento da inflação. Independentemente do horizonte ou do indicador que se escolha, a tendência é de aumento dos preços, segundo a pesquisa Focus.

No caso do IPCA, que é o índice oficial que mede a inflação no País, os analistas alteraram o prognóstico para 5,80% em 2013, para 5,84% no final do ano que vem e para 6,08% no acumulado daqui a 12 meses.

O grupo de profissionais que mais acerta as previsões para o médio prazo, denominado pelo BC de Top 5, estima que o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,57%, e não mais em 5,47% como era esperado uma semana antes. O movimento de alta das expectativas foi visto também no IPC-Fipe (4,37%), no IGP-DI (4,55%) e no IGP-M (4,50%) deste ano.

Até as previsões para os preços administrados ou monitorados pelo governo - como o da gasolina - foram afetadas, passando para 1,80%. Vale lembrar que a trajetória das últimas semanas para esse conjunto de preços era de baixa.

Dólar

Entre outros motivos, quem trabalha no mercado financeiro acredita que o dólar contribuirá para a alta. De uma semana para outra, a Focus identificou uma elevação das previsões: R$ 2,32 para a cotação no fim de dezembro e R$ 2,38 para 2014.

Contas externas

A previsão para o rombo das contas externas foi mantida em US$ 77 bilhões este ano e da relação dívida/PIB voltou para o patamar de 35%.

No comércio internacional, que poderia lucrar com a elevação da moeda norte-americana, foi visto um movimento contrário. O humor do mercado piorou e a expectativa é de um superávit de apenas US$ 3,4 bilhões - US$ 1 bilhão menos que o esperado há uma semana.

Para 2014, contudo, houve elevação da projeção para o saldo, que passou de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões.

PIB

Conforme a pesquisa Focus, do Banco Central, os analistas voltaram a diminuir as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB), tanto para este ano (2,20%) quanto para 2014 (2,40%).

Perspectivas

Já para 2014, os analistas indicaram que a taxa básica de juros, a Selic, deve ficar, em média, em 9,50% ao ano, uma elevação em relação à última estimativa. Na pesquisa Focus da semana passada, a previsão estava em 9,28% e na de um mês antes, em 9,25%.

Para janeiro de 2015, a perspectiva também foi elevada. De acordo com analistas do mercado, a taxa básica de juros pode chegar a 9,71% - e não mais em 9,43% como era aguardado no levantamento anterior.

 

Fonte: Diário do Nordeste