GOIÁS: Sefaz conta com recursos extras para quitar os restos a pagar neste ano
O governo estadual deixará cerca de R$ 700 milhões em restos a pagar para o próximo ano. Para quitar estas dívidas, contará com recursos extras orçamentários a serem gerados com a privatização da Celg D (o Estado receberá a metade do valor da venda), emissão de debêntures, venda de imóveis e concessões à iniciativa privada, como rodovias estaduais. "Todo o planejamento e esforço fiscal que realizamos neste ano serão suficientes para colocarmos as despesas dentro das receitas do Estado em 2016. Ou seja: vamos fechar as contas, inclusive folha salarial, dentro do mês. Isto será um grande avanço diante do cenário econômico nacional adverso", afirma a secretária Ana Carla Abrão (Sefaz). Um fator de preocupação no governo estadual é que os recursos extras também vão depender do mercado nacional no primeiro semestre de 2016. Ou seja: se estará disposto a investir na compra da Celg D e nos imóveis, de participação do leilão das concessões e comprar os títulos (debêntures) do Estado. "Estes investimentos têm horizonte de longo prazo, por isso nosso otimismo", diz a secretária.
Não foi picada
Ana Carla Abrão (Sefaz), filha da senadora Lúcia Vânia (PSB), diz que não alimenta nenhum projeto político para 2018. Seu nome é citado por palacianos para deputada federal.
Concentração
Cerca de 15 empresas são responsáveis por 80% dos quase R$ 700 milhões de restos a pagar do Estado, afirma a Sefaz. São construtoras, prestadoras de serviço e grandes fornecedores.
Muito pouco
O ponto eletrônico implantado nos órgãos estaduais gerou modesta economia de R$ 150 mil por mês aos cofres do governo. Vale lembrar que a folha salarial supera os R$ 700 milhões mensais.
Mas...
O governo prevê que esta economia poderá até trilicar neste ano a medida que o ponto eletrônico for implantado (e cobrado dos servidores) por todos órgãos estaduais.
Incentivos
O tucano José Eliton assume o governo nesta semana com as férias do governador Marconi. Ficará responsável por fechar acordo com o setor empresarial para sancionar a Lei de Equilíbrio Fiscal.
Queda de braço
A lei cria fundo de quase R$ 800 milhões nos próximos três anos para dar fôlego ao caixa do governo, com a redução dos incentivos fiscais no Estado. Empresários são contra.
Em outra conta
Algumas lideranças empresariais chegaram a sugerir aumento do ICMS sobre alguns setores, como combustíveis, para bancar o fundo de equilíbrio fiscal. O governo é contra.
Fonte: Affego