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Publicado em: 21/11/2013

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ESTUDO - Bolsa Família é responsável por 807 mil empregos no Nordeste

21/11/2013.

O Programa Bolsa Família tem grande impacto na geração de emprego, renda e tributos em todo o País, segundo estudo do Etene

As transferências do Programa Bolsa Família (PBF) possibilitaram a criação e manutenção de 807 mil empregos e ocupações ao ano no Nordeste, em média, no período de 2004 a 2012. Essa é uma das conclusões do estudo “Análise dos Impactos do Programa Bolsa Família no Desenvolvimento do Nordeste”, apresentado ontem, no Centro Administrativo do Banco do Nordeste, em Fortaleza, no evento “Bolsa Família, Desenvolvimento Regional e Superação da Pobreza”, que integra ciclo de debates em homenagem aos 10 anos do programa do Governo Federal.

Outra conclusão do coordenador de Estudos e Pesquisas do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), Francisco Diniz Bezerra, autor do trabalho, é que além de beneficiar a economia do Nordeste, os investimentos do PBF na região geram vazamentos. “Ou seja, tem impactos na produção, na geração de emprego e renda e aumento da arrecadação tributária nas outras regiões do País”, explica, considerando que o programa é o resgate à cidadania de pessoas excluídas dos direitos de alimentação, fundamentalmente.

Palestrante da mesa “Bolsa Família, desenvolvimento e redução da desigualdade regional”, Diniz conclui também que é patente a importância do PBF pelos seus relevantes resultados na área social, considerando que o público-alvo do Programa estava marginalizado em suas necessidades básicas, principalmente quanto à questão de acesso a alimentação e produtos de primeira necessidade. Para captar os impactos decorrentes deste consumo o coordenador do Etene utilizou a medição pela ótica da Matriz Insumo-Produto (MIP) no Nordeste.

Segundo diz, os beneficiários do PBF tendem a consumir bens produzidos nacionalmente, ajudando a fortalecer o setor produtivo do País, estimulando o mercado interno e criando um “mercado consumidor de massas”. Destaca que quando se compra produtos com o dinheiro do Bolsa Família é ativada toda uma cadeia produtiva.

Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), os debates contaram com a participação de representantes do MDS, academia, institutos de pesquisa, mídia e representantes dos governos locais.

Microcrédito

Segundo o diretor de Desenvolvimento Sustentável e Microfinança do BNB, Stélio Gama, beneficiários do Bolsa Família representam 45% e 65% do total de clientes dos programas de microcrédito urbano e rural do Banco do Nordeste, respectivamente Crediamigo e Agroamigo. Somando os dois programas, o número de microempreendedores que também são beneficiários do Bolsa Família ultrapassa 1,1 milhão de pessoas, sendo 700 mil clientes do Crediamigo e 473 mil do Agroamigo.

Gama também lembra que o Crediamigo também foi o modelo para a implantação do Crescer Brasil, o programa de microcrédito do Governo Federal. Só em 2012, por exemplo, o Banco do Nordeste realizou 80% da quantidade de operações do Crescer e 69% dos valores contratados.

 

 Fonte: Jornal O Povo