Crédito para agricultores afetados pela seca no Nordeste sobe para R$ 3,45 bilhões
04/09/2013.
Brasília – O Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou reforço de R$ 300 milhões na linha de crédito criada em maio do ano passado para atender produtores rurais afetados pela seca no Nordeste. A informação é do secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Jenner Guimarães Rego.
Ele disse que foi o sétimo aporte à linha de crédito operada pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o que eleva para R$ 3,45 bilhões o total de recursos disponibilizados em 14 meses para socorrer a produção dos municípios nordestinos em situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.O secretário disse que, do total já foram feitas mais de 414 mil contratações, com liberação de R$ 2,85 bilhões. Desse dinheiro, R$ 2,11 bilhões (74%) foram destinados a produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O FNE dispõe ainda de R$ 600 milhões para dar continuidade ao socorro assistencial aos produtores prejudicados pela seca.
“Os produtores agrícolas, a agroindústria e o comércio tiveram grandes prejuízos, em decorrência do longo período de estiagem. Razão porque o comércio e a indústria também foram beneficiados com a linha de crédito no início, porque a ideia era fazer algum tipo de investimento para melhorar a estrutura de convivência com a seca e evitar fortes fluxos migratórios como em estiagens passadas”, explicou Jenner Guimarães.
O objetivo maior, segundo ele, era evitar que o comprometimento, em caráter irreversível, dos meios de produção regional, uma vez que os agentes econômicos afetados pela seca se viram de repente sem perspectivas de receitas e também sem condições financeiras para obtenção de novo crédito. Por isso, o FNE/Seca estabeleceu taxas de juros acessíveis, entre 1% e 3,5%, dependendo da finalidade do recurso e porte do tomador, com prazo de até oito anos para pagamento, sendo três de carência, mais descontos para pagamento em dia, acrescentou o secretário.
O maior volume de recursos contratados até o momento foi para operações de investimento, que absorveram R$ 2,04 bilhões, 72% do total. O custeio e o capital de giro respondem pelo restante dos recursos contratados. A Bahia é o estado com maior número de contratações (90.876, com R$ 581,66 milhões liberados), seguido pelo Ceará (69.354 contratações e R$ 537 milhões) e por Pernambuco (65.618 contratações e R$ 486 milhões). Os demais estados, em ordem de utilização de recursos, são o Piauí, a Paraíba, o Rio Grande do Norte, o Maranhão, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e o Espírito Santo.
Fonte: Agência Brasil