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Publicado em: 02/09/2013

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Após demissões, Governo negocia vinda de novas empresas

02/09/2013.

Na última terça-feira, 27 de agosto, a empresa encerrou suas atividades na cidade de Aracati e demitiu 363 funcionários. Empresas gaúchas são as mais cotadas para se instalarem no município

A Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) já negocia com duas novas empresas calçadistas para se instalarem na cidade de Aracati. Na última terça-feira, 27 de agosto, a indústria paulista de calçados Agabê encerrou suas atividades no município e demitiu 363 funcionários.

Membros da empresa gaúcha Calçados Pegada visitaram as instalações e demostraram interesse em abrir uma unidade na cidade litorânea. Uma comitiva do Governo do Estado vai ao Rio Grande do Sul visitar outra empresa que também manifestou interesse de atuar por lá.

O fechamento da empresa Agabê, instalada na cidade desde 1997, causou surpresa aos funcionários. “Ficamos surpresos em saber que devíamos retornar no outro dia para agilizar o recebimento dos benefícios trabalhistas”, disse a ex-funcionária Valdirene Cosmo.

Um dos motivos justificados pela empresa para encerrar suas atividades foi a suspensão dos incentivos fiscais dados pelo Estado. “O governo alegou que os valores dos incentivos não fechavam a conta, como se o subsídio tivesse custado caro aos cofres”, destaca Marcelo Bettarello, diretor executivo da Agabê.

Sem contar com o subsídio governamental, o diretor informa que a permanência tornou-se inviável também por causa da alta do dólar, impactando diretamente no número de exportações. “Nossa produção chegava a sete mil pares de calçados por dia. Com a subida da moeda americana, a produção despencou para 1.200”, revela o diretor.

O presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), Alexandre Pereira, rebateu as críticas. “Existem regras para o incentivo. Segue-se uma equação que está na legislação”, afirma.

Para o deputado estadual Dedé Teixeira (PT), as futuras empresas podem gerar até 1.200 empregos diretos. “Essas empresas vão poder contar com funcionários experientes e qualificados”, ressalta.

 

Fonte: O Povo