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Publicado em: 03/09/2013

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4,7 mil pagaram e ainda não receberam o milho

03/09/2013.

Quase três meses após serem descarregados no Porto do Pecém, produtores rurais que compraram o grão ainda não receberam o alimento. Região Sul do Estado é a mais prejudicada

Ainda não foram entregues aos produtores 5,5 mil toneladas do milho doado pelo Governo Federal ao Governo do Estado. Segundo o Centro de Abastecimento do Ceará (Ceasa), 4.744 produtores que pagaram pelo alimento ao Governo do Estado ainda não o receberam. A carga faz parte de um total de 30 mil toneladas que desembarcaram no Porto do Pecém em 12 de junho, com a promessa de que seriam entregues em 20 dias. A Ceasa afirma que nos próximos 15 dias todo o grão será distribuído.

A região Sul do Estado é a mais prejudicada com o atraso, para onde devem ir 80% do que ainda está armazenado no Pecém. “A reclamação dos agricultores dessa região é natural e aceitável. Quem vai ficando por último acaba sendo prejudicado”, destaca Oscar Saldanha, diretor financeiro da Ceasa. Um total de 502 vagões de trem fazem o transporte do milho.

De acordo com o secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, uma reunião entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) e as prefeituras das cidades que ainda não receberam o milho será marcada para esta semana. “O objetivo é agilizar esse processo de entrega aos agricultores quando o carregamento chegar. Recebemos uma quantidade de milho bem acima do que estávamos acostumados e isso demanda tempo para a distribuição”.

A Ceasa descarta a possibilidade de o milho estragar por conta do período de armazenamento. “Não existe essa possibilidade. E isso vale também para o agricultor que já recebeu. Muitos deles estão fazendo seu próprio estoque para dezembro e janeiro, período onde a seca pode se intensificar”, diz Oscar.

“Pensávamos entregar em menos tempo no nosso plano inicial. Mas, não tínhamos a noção das dificuldades que iríamos enfrentar por questões logísticas. Essa foi a primeira vez que recebemos uma quantidade tão grande”, finaliza. A Conab disse, em nota, que todo o processo de distribuição é de responsabilidade do Governo do Estado.

Milho doado em abril

O milho foi doado pela presidente Dilma Rousseff em visita ao Ceará no mês de abril. O objetivo era amenizar, em caráter emergencial, os efeitos da seca. O grão foi entregue pelo Porto do Pecém em junho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele está sendo vendido para produtores do Interior do Estado cadastrados no Programa Venda em Balcão, da Conab.

A Ematerce emitiu os boletos para os produtores. A Ceasa é responsável pela distribuição. A saca de 60 quilos foi vendida por R$ 18,20 para os agricultores familiares e R$ 21 para os demais produtores rurais cadastrados. O Governo do Estado deve arrecadar entre R$ 9 milhões e R$ 10 milhões com a venda do milho doado pelo Governo Federal. Cerca de 1,5 mil toneladas não foram comercializadas e ficarão armazenadas no Pecém.

 

Números

5,5mil toneladas de milho ainda estão armazenados aguardando serem entregues no interior do Ceará

4.744 agricultores já pagaram pelo cereal e ainda não receberam devido a demora na entrega

R$10mi é a estimativa de arrecadação do Governo Estadual com a venda dos grãos para os agricultores

 

Serviço

Programa de vendas em balcão da Conab

http://bit.ly/1aeQUYf

 

Multimídia

A situação do estoque de milho estragando por falta de transporte no Ceará é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:

Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (FM 95,5), o tema será discutido no programa Grande Jornal, às 9 horas, e/ou no programa Revista O POVO/CBN, às 15 horas. Na rádio Globo/O POVO (AM 1010), o tema será discutido no programa Manhã da Globo, às 10 horas.

Para ver - A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista à programação pelo canal 48 (UHF e TV Show) e 23 (Net).

 

Para ler e opinar: acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no facebook (www.facebo ok.com/ OPOVOOnline ) e no portal O POVO Online (www.opovo.com.br).

Fonte: O Povo