GOIÁS: Manifestantes ocupam sede da Sefaz
Desde as 7h da manhã de ontem cerca de 700 manifestantes ocupam a sede da Secretária da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz), no setor Leste Vila Nova, em Goiânia.Participam do protesto integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Popular Brasileira, Conlutas, CDB e de outras entidades relacionadas.
Os manifestantes protestam contra a privatização da Celg e a implantação das organizações sociais (OS’s) na rede estadual de ensino. O represetante do grupo, Jesus Divino Barbosa, esclarece que a ocupação é pacífica e de caráter nacional. Em Goiás, o grupo se uniu à causa dos estudantes secundaristas. Ocupação semelhante ocorre na capital federal.
“A nossa luta é contra a privatização e desmonte do setor elétrico que a Dilma está querendo fazer. Aqui em Goiás, a nossa luta também é em solidariedade aos estudantes que estão apanhando nas escolas em função da truculência da polícia. Só do MST somos em cerca de 738 ocupando aqui a Sefaz”, afirma Jesus Barbosa.
Os funcionários da Sefaz foram orientados pelos manifestantes a se retirarem do local e os portões de entrada da secretaria foram trancados com correntes e cadeados. Barbosa diz que não têm previsão para o fim da ocupação: “Só sairemos daqui quando recebermos o comando lá de Brasília”, afirma.
Devido à ocupação, atividades do Tesouro e do Fisco foram interrompidas. A secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, afirma que reconhece a legitimidade de atos de protesto e manifestações pacíficas, mas é contra atos de invasão, segundo ela, pois estes cerceiam a liberdade dos servidores e interrompem atividades essenciais ao cidadão, causando assim prejuízos à sociedade.
Capital Federal também é local de protestos
Integrantes dos movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e dos Atingidos por Barragens, entre outros, ocupam ontem a portaria principal do Ministério da Fazenda, em Brasília.
A Polícia Militar do Distrito Federal disse que há 200 manifestantes, mas o MST afirma que o número é maior. O movimento pede que a Companhia Energética de Goiás, a Celg, não seja privatizada e defende uma reforma agrária popular. Eles esperam ser atendidos pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, por volta das 10h.
Em outra parte da cidade, em frente ao Palácio do Planatol, com faixas e vuvuzelas, manifestantes protestaram contra a privatização do setor elétrico. O grupo se deslocou até a praça dos Três Podres, e chegou a fechar a pista em frente ao Planalto e interromper o trânsito por alguns minutos. Os manifestantes de Brasília estão no comando da ocupação que ocorre em Goiânia na sede da Sefaz e partirá deles a ordem de desocupação.
Fonte: Diário da Manhã