Com o resultado, a balança comercial cearense registrou superávit de US$ 427,8 mil, em outubro deste ano, o segundo saldo positivo de 2016. Em agosto, as exportações haviam superado as importações em US$ 948,4 mil. No entanto, no acumulado do ano a balança comercial do Ceará apresenta déficit de US$ 2,19 bilhões. As informações são do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Siderúrgica

Segundo o economista Alcântara Macêdo, com o início das operações da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) a tendência é que a balança comercial do Estado comece a gerar superávits de forma mais consistente. "Na medida em que a produção da Companhia Siderúrgica do Pecém for avançando, o saldo da balança irá aumentar, podendo triplicar, porque é uma empresa que tem uma margem muito grande para crescer", diz.

Participação

Embora a Companhia Siderúrgica do Pecém tenha começado a exportar as primeiras placas de aço apenas em agosto deste ano, ainda em pequenos volumes, no acumulado do ano, o valor referentes a produtos semimanufaturados de ferro e aço (US$ 79,4 milhões) responderam por 8,1% do valor total exportado pelo Estado, sendo o segundo principal item da pauta de produtos enviados ao exterior.

Produtos

Em outubro, a maior parte das exportações do Ceará foi de produtos industrializados (US$ 110,7 milhões), que apresentou crescimento de 6,4% em relação a setembro (US$ 104,0 milhões). Em seguida aparecem os semimanufaturados (US$ 59,4 milhões), manufaturados (US$ 51,3 milhões), e itens básicos (US$ 33,8 milhões).

Acumulado

No acumulado do ano, o produto mais exportados pelo Ceará foi a castanha de caju, fresca ou seca, sem casca, com US$ 84,4 milhões, referentes a 10 mil toneladas. Em seguida, aparecem os produtos semimanufaturados, ferro/aço, com US$ 79,4 milhões; couros/peles, bovinos, com US$ 69,4 milhões; calçados de borracha/plástico, com US$ 60,1 milhões; e melões frescos, com US$ 56,9 milhões.

Destinos

O principal destino das exportações cearenses, de janeiro a outubro, foram os Estados Unidos, para onde foram enviados US$ 242,6 milhões em mercadorias. Em seguida aparecem Argentina (US$ 106,4 milhões), Alemanha (US$ 71,9 milhões), Holanda (US$ 56,9 milhões) e Hungria (US$ 51,3 milhões).

Os valores divulgados pelo Mdic são em US$ FOB (Free on Board), modalidade pela qual o exportador é responsável pela carga até que esta seja embarcada no navio, ficando os custos com frete sob responsabilidade do importador.

Fonte: Diário do Nordeste